domingo, 24 de março de 2013


Otimismo com a economia explica aprovação de Dilma



DE SÃO PAULO


Para 51% dos brasileiros, a situação econômica do país vai melhorar nos próximos meses. Um contingente ainda maior, 68%, acha que sua própria situação deve evoluir.
O medo do desemprego pode ser considerado baixo. Apenas 31% acreditam que esse problema aumentará.
E a expectativa sobre a renda também é positiva: 49% acham que o poder de compra dos salários crescerá.
Os números, em contraste com avaliações de boa parte dos analistas de mercado, ajudam a explicar o índice recorde de popularidade da presidente Dilma Rousseff.
Após dois anos e três meses de mandato, Dilma faz um governo ótimo ou bom para 65% dos brasileiros. Outros 27% classificam a administração como regular. A avaliação negativa é de 7%.
Os dados são da pesquisa Datafolha realizada nos dias 20 e 21 de março com 2.653 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Na pesquisa anterior com as mesmas perguntas, em dezembro do ano passado, o otimismo da população nas questões econômicas também superava o pessimismo.
Os índices, porém, eram mais modestos. A expectativa positiva em relação ao país, por exemplo, era 7 pontos menor. Em relação à própria situação, 11 pontos a menos.
O único quesito econômico pesquisado pelo Datafolha que hoje não é visto com otimismo pela maior parte da população é a inflação.
Para 45%, os preços tendem a subir. Outros 31% acham que a inflação ficará como está. Só 18% confiam na redução dos preços.
HISTÓRICO
O atual índice de aprovação do governo Dilma está três pontos acima do índice constatado em dezembro do ano passado, a última vez que o Datafolha havia feito esse tipo de levantamento.
Dilma também está melhor que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no período equivalente. Na virada de 2004 para 2005, quando Lula completava o segundo ano de mandado, o índice de aprovação do governo era 20 pontos menor que o atual.
Naquela época, 45% classificavam a administração de Lula como ótima ou boa. Era o recorde do petista até então. Na pesquisa seguinte, em junho de 2005, sua aprovação caiu para 35%.
A parte eleitoral da pesquisa Datafolha foi divulgada na edição de ontem da Folha.
Se a eleição para presidente da República fosse hoje, Dilma seria reeleita no primeiro turno com 58% dos votos --segundo o cenário mais provável de candidatos.
A ex-senadora Marina Silva, em campanha pela criação de um novo partido, ficaria em segundo lugar, com 16%. O tucano Aécio Neves alcançaria 10%, tecnicamente empatado com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 6%.
NA TV
Nas últimas semanas, a presidente Dilma fez uma série de anúncios governamentais de impacto positivo.
Um dos mais noticiados foi a extinção do número de miseráveis listados no Cadastro Único do governo federal, resultado obtido após uma série de incrementos no alcance e nos valores pagos pelo programa Bolsa Família.
Outra medida relevante foi a redução dos impostos que incidem sobre os produtos da cesta básica, anunciada em rede nacional de rádio e TV.
Antes disso, Dilma já havia feito um pronunciamento, também em rede de TV, sobre a redução das tarifas de luz.
São iniciativas que ajudam a explicar o atual índice de popularidade da presidente.
O Datafolha fez uma pergunta para medir o impacto das realizações de Dilma. Nesse capítulo, 22% dos entrevistados dizem que ela fez pelo país mais do que eles esperavam; no final de 2012 esse índice era de 15%. A maioria (41%) diz hoje que ela fez aquilo que eles esperavam.
A expectativa quanto ao desempenho futuro de Dilma é positiva: 72% dizem que, daqui para a frente, ela fará um governo ótimo ou bom.
O sentimento de otimismo desponta ainda em outras questões formuladas pelo instituto. Na avaliação de 76%, o Brasil é um país ótimo ou bom para se viver; 87% dizem ter mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro; 81% entendem que o país tem muita importância no mundo hoje. (RICARDO MENDONÇA)
Editoria de Arte/Folhapress
DILMA EM ALTA Otimismo da população faz presidente atingir aprovação recorde, aponta Datafolha

terça-feira, 19 de março de 2013

Popularidade de Dilma bate novo recorde e atinge 79%, diz Ibope

Aprovação pessoal da presidente também oscilou positivamente; 63% dos entrevistados consideram o governo de Dilma bom ou ótimo

iG São Paulo | - Atualizada às 19/03/2013 14:47:46
  • A popularidade da presidente Dilma Rousseff bateu novo recorde e atingiu 79% no mês de março de 2013, conforme mostra a pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em dezembro de 2012, a popularidade da presidente era de 78%. 
Em dezembro de 2012: Aprovação do governo Dilma se mantém em 62%, aponta Ibope Em março de 2012:  Popularidade de Dilma bate recorde e sobe para 77%, diz Ibope
O percentual de brasileiros que desaprova a gerência da presidente caiu, e está em 17%. Também aumentou a confiança na presidente, que passou de 73% nas duas pesquisas anteriores para 75% agora. O total de entrevistados que não confiam em Dilma seguiu estável em 22%.
Governo

Agência Brasil
Dilma mantém popularidade em alta, diz pesquisa

A aprovação do governo de Dilma também oscilou positivamente. Para 63%, o governo de Dilma é ótimo ou bom. Nos dois levantamentos anteriores, essa taxa estava em 62%, e em 56%, em março de 2012 e em março de 2011, respectivamente. O levantamento revelou também que 29% dos entrevistados consideram o governo da presidente como regular e 7%, como ruim ou péssimo.
A CNI/Ibope identificou que houve um crescimento do otimismo em relação aos próximos meses do governo, com a taxa de ótimo ou bom passando de 62% em dezembro para 65% agora. Os que projetam o restante do governo como regular está em 24% e, como ruim ou péssimo, em 8%.
Leia mais sobre a presidente Dilma: Dilma faz alerta a agressores: 'Maior autoridade deste País é uma mulher'
Dilma lançará centros para atender mulheres vítimas de violência
Com pé machucado, Dilma usa crocs para receber premiê russo
Na área de economia, a CNI/Ibope identificou que de maneira mais geral a população está mais satisfeita com o governo. Em relação ao combate à fome e à pobreza, a taxa subiu de 62% para 64%. Sobre o meio ambiente, o avanço foi de 52% para 57%. No quesito combate ao desemprego a alta foi um pouco mais tênue, de 56% para 57%. A política de combate à inflação recebeu aprovação de 48% da população, ante 45% visto na pesquisa anterior. Sobre educação, a taxa de aprovação subiu de 43% para 47% e em relação à taxa de juros, de 41% para 42%.
Apenas três quesitos da pesquisa estão com taxa de desaprovação acima de 60%. Um deles é a cobrança de impostos que está exatamente em 60%. Mesmo assim, houve uma melhora nesse item já que no levantamento anterior a desaprovação era de 65%. Em relação à segurança pública, também houve queda, passando de 68% para 66%. O maior problema da presidente, na avaliação da população, ainda é a saúde, mas mesmo assim, a taxa de desaprovação recuou, de 74% para 67%.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 8 e 11 de março. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
* Com Agência Estado