segunda-feira, 22 de setembro de 2008

São Lula 'Imaculado' da Silva’ é maior que o governo




Baptistão
Rumo à canonização, Lula foi bafejado nesta segunda (22) por mais uma pesquisa de sonhos.



Nas pegadas do Datafolha, que atribuíra à gestão Lula aprovação de notáveis 64%, foram à ruas também os pesquisadores do instituto Sensus.



Captaram um índice ainda mais positivo para o governo: 68,8%. Um recorde. A avaliação pessoal de Lula é ainda mais portentosa: 77,7% de aprovação.



Lula já roça a popularidade que exibia no início do primeiro mandato, em 2003. Naquele ano, com o verniz das urnas ainda fresco, o presidente cravara 83,6%.



A despeito do halo de imagem sacra que flutua sobre sua cabeleira, Lula ainda não conseguiu alçar ao primeiro posto da pesquisa um sucessor ao seu gosto.



Segundo o Sensus, aos olhos de hoje, só Lula bateria o tucanato na sucessão de 2010. Sem ele, José Serra, com índices superiores a 38%, venceria em todos os cenários.



Mãe Dilma Rousseff, dodói do presidente, ainda é, na visão dos eleitores uma sub-Heloísa Helena. No cenário mais provável, figura na pesquisa em quarto lugar, com 8,4%.



O governista mais bem-posto na pesquisa é Ciro Gomes (PSB). Está em segundo, com 17,4%. Com Aécio Neves no lugar de Serra, Ciro salta para primeiro: 24,9%.



Nesse cenário, Aécio fica em segundo (18,2%); HH mantém-se em terceiro (13,4%) e Dilma remanesce em quarto: 8,6%.



É cedo, porém, para aferir o potencial de transferência de voto de Lula em sua própria sucessão. 2010 ainda é uma página longínqua na folhinha. O presidente ainda não arregaçou as mangas.



Um indicativo de que os ventos podem mudar emerge da propensão dos eleitores em relação às eleições municipais deste ano.



De acordo com o Sensus, 44,1% dos eleitores declaram-se dispostos a votar em candidatos a prefeito e a vereador apoiados por Lula.



Mais: 75,3% dizem que votarão em candidatos de partidos associados ao consórcio que gravita em torno do governo, de olho na manutenção de programas sociais como o Bolsa Família.



Ou seja, em 2006, Lula é o grande cabo eleitoral. Nada faz crer que, mantida a popularidade lunar até 2010, o presidente não consiga acomodar no coração do eleitor um(a) sucessor(a) ao seu gosto.



PS.: Ilustração via sítio do Baptistão.

Escrito por Josias de Souza às 17h02

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